quarta-feira, 6 de julho de 2011

00:29

Desenvolvi todo um ritual para a hora de ficar realmente só. A hora de dormir.
Deixo o som da tv fica num volume que eu não possa ouvir meus pensamentos nem entender o que está acontecendo. A luz no quarto é só para manter a impressão de que algo anda acontecendo dentro do normal. No peito a saudade parasita, dá a sensação que é assim que nasce um livro de amor... na dor. O telefone ao alcance da mão mas a infinitos anos luz de qualquer possibilidade. O relógio dando volta sem parar e eu cuidando de me cuidar. Brincando de tudo bem. Antes de fechar os olhos, lembro de algo feliz no dia e sorrio o meu melhor sorriso de carnaval.
Nem todo dia é assim. Mas toda noite é.

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